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1.7.02

Um poema de amor













Não, um poema de amor nunca é longo...
Na verdade, acaba antes do tempo
Vive de sua utopia, morre quando quer
E por vezes de tanto querer, mas nunca antes da hora.
Um poema de amor nunca é demasiado: ele se basta.
E só porque é um poema de amor.

Nunca se esgota, um poema de amor
Pois ainda há o suor que exauriu dele
O perfume com que ele expargiu sua passagem
A delicadeza do gozo da eternidade que ele é.

Não, um poema de amor nunca termina...
Tem em si a semente mágica, um sopro,
Sem tamanho, quiça só lembranças e querenças.
Um tanto de doçura, outro de desilusão,
Algo de loucura, de desvario...

Esse poema de amor... Não tem limites,
Não tem forma, nem pudor. É só um poema.
Eivado de coisas estranhas, de prazeres inopinados.
É só um poema de amor, sem ponto final, sem limites.
Nunca vai acabar, esse poema de amor.

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Prêmio de edição conferido pela Casa do Novo Autor Editora
Concurso Literário Paixão e Amor na Literatura - 2002

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