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7.12.08

Um Astrólogo Sumeriano


Título: Um Astrólogo Sumeriano
Autor: Flerts Nebó
Editora: Edição do Autor(São Paulo - SP)
Ano da Publicação: 2002
Páginas do Livro: 140
ISBN - não disponível

Minha participação: escrevi o prefácio, por solicitação do autor





Em 2002 o meu amigo, médico e escritor Flerts Nebó, um dos fundadores e grande ícone da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores confiou-me os originais de mais uma de suas obras. Tratava-se de um romance baseado na primitiva civilização dos sumérios. Aceitei e ajudei-o nas pesquisas quanto às ilustrações sobre escrita cuneiforme que ele pretendia incluir no volume. Fiz também uma revisão ortográfica e por fim redigi o texto do prefácio que o autor me solicitara.


PREFÁCIO

Quem acompanha a trajetória literária de Flerts Nebó conhece muito bem seu fascínio pela história e sua habilidade em contá-la de forma lírica, romanceada e com peculiar suavidade, mesclando personagens e fatos reais a outros de sua inventiva. Essa característica está presente na maioria da vasta obra do escritor, que já ultrapassou a invejável marca de cinqüenta livros publicados.

Desta feita não é diferente. Em O “Astrólogo Sumeriano”, Nebó nos conduz pelos segredos e mistérios da Mesopotâmia, berço de algumas das mais ricas civilizações humanas, e que viu surgir os primeiros impérios, as primeiras cidades da antigüidade e algumas importantes invenções do homem, tais como a escrita cuneiforme e a própria legislação, partindo do Código de Hamurabi. A Mesopotâmia (em grego, região entre rios) está situada na região delimitada pelos rios Tigre e Eufrates, no sudoeste da Ásia. Nessa região chegou, por volta de 3.300 a C., vindo provavelmente da Anatólia, o povo sumeriano. Desse povo, o autor destacou um astrólogo para narrar sua história, e por conseqüência o modo de vida, os costumes e as crenças de seu povo.

Mas não se engane o leitor se pensar que a “fala” deste personagem-astrólogo no decorrer da trama é mero pretexto de uma narrativa fácil e gratuita dos fatos históricos. Ao contrário, o autor aproveita muito bem os momentos adequados da narrativa de sua personagem para nela introduzir também seu pensamento, suas conclusões e suas próprias “crenças”, tudo de forma muito sutil e natural. Assim é quando o personagem questiona a vida após a morte, ou quando põe em discussão a própria existência do tempo.

A trama segue e n’algum ponto começa a ser narrada por um descendente do personagem principal, mas nunca deixa de colocar a história e os fatos que resgata em confronto com uma necessidade de pensar e refletir sobre as razões da existência do homem sobre a face da terra, sobre o eterno “de onde viemos, o que somos, para onde vamos?”.

Que o leitor possa tirar suas próprias conclusões de mais esta obra de Flerts Nebó, cuja leitura pude desfrutar com primazia e imensa honra, e que recomendo a todos quanto dela possam ter acesso. Aprender e refletir. Isto nunca é demais para o homem.

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