A palavra equilíbrio contém uma gama de
significados que muitas vezes passam despercebidos e não permite entendê-la
perfeitamente. Envolve noções de igualdade, proporcionalidade,
estabilidade, distribuição harmoniosa entre partes, moderação de gestos,
palavras, sentimentos, estabilidade mental e emocional, comedimento,
autocontrole e tantas outras. Uma grande abrangência para palavra tão
corriqueira e, paradoxalmente, pouco praticada.
É bastante comum que em momentos de crise, palavra
esta também de amplos significados, alguém reivindique a necessidade de doses
de equilíbrio como solução, dando a este último o poder da cura de muitos
males. Há, no entanto, muitos fatores adjacentes e também necessários para que
haja uma terapia eficaz em momentos de situação econômica ou social
repleta de problemas, de momentos indefinidos e plenos de riscos,
dúvidas, tensões, desgastes e desajustes que acabam interferindo também, e
especialmente, no corpo e na mente das pessoas envolvidas.
O pretendido
equilíbrio entre razão e emoção é uma árdua tarefa na busca do restabelecimento
de situações mais amenas. Não é fácil manter a serenidade para um melhor
desempenho no trabalho, nas relações com a família e com a sociedade de modo
geral. Não é algo simples não se deixar influenciar pelas ameaças de uma
sociedade cada dia mais violenta, competitiva e menos tolerante. Não será fácil
ter atitudes ponderadas se não impusermos a nós mesmos alguma dose de
tolerância, paciência e boa vontade. Mesmo que não se perceba nos governantes
qualquer indício de vontade de fazerem sua parte para sair da crise, sempre
caberá a cada um de nós uma iniciativa pessoal em prol do equilíbrio de
atitudes e perseverança na busca de soluções.
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