Minha fuga é nesses andaimes
cibernéticos,
Alicerces na beira-mar
Efêmeros sustentáculos que as ondas
beijam
Incertamente,
De quando em sempre,
Quase ao acaso.
Néscio que sou dos meus versos
Não achei lugar melhor para
aportar.
Aqui deposito minhas palavras,
Arroubos de mim e do mundo,
Clarividências, assombros,
Tudo.
Fiquei nesse vai e vem que se
arrasta
E carrega, cavouca sem pressa
O meu túmulo,
Coisa pra se resolver com o mar
Com a onda, com o vagar que sou.
Meu porto é aqui, nesses andaimes
Ancorado à beira de mim, num todo.
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Primeiro lugar no VII Concurso Literário Nacional
Sobrames-BA - julho de 2002
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